O modelo de gestão empresarial da justiça brasileira e as metas do Conselho Nacional de Justiça: Um contraponto aos modelos calculador e meditativo de Martin Heidegger

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00020.20

Palavras-chave:

– logocentrismo – serenidade – complexidade – avaliação.

Resumo

Trata o presente de uma pesquisa qualitativa do tipo levantamento com objetivo de analisar metas do CNJ no ano de 2013, fazer um cotejamento bibliográfico das metas a partir da intelecção de Martin Heidegger para analisar a sociedade moderna e seu gosto pela forma de avaliação exata ou pensamento calculador, uma importante forma de classificação com base numérica que todavia tem uma forma representacional objetificada e que pode deixar escapar alguns elementos importantes. Demonstra a partir da visão heideggeriana que pelas metas mensuradoras do CNJ o pensamento logocêntrico usado de forma unilateral pode ter dificuldade em responder as demandas complexas da sociedade hodierna. Propõe a partir de Martin Heidegger, Gilles Deleuzes e Edgar Morin, a adição do pensamento reflexivo ao pensamento calculador em um compósito que poderia fazer das metas uma convergência inteligente de análise do labor judiciário.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Dirce Nazare Andrade Ferreira, Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Pós-doutoranda em Administração Pública na FGV-EAESP

Doutora em Direito pela FDV-ES

Doutora em História pela UFES.

Camila Santos Ezequiel da Costa, PUC-RS

Bacharel em Direito. Pós-graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e cidadania global (lato sensu- PUC-RS), https://orcid.org/0009-0009-6305-7497, E-mail: Camilaezequiel98@gmail.com.

Referências

ANDRADE, Ricardo Jardim. A era da representação ou o sentido do mundo segundo Heidegger. Revista de Filosofia SEAF, Rio de Janeiro, v.8, n.8 , p. 66-77, jan. 2009.

ANSOFF, H. Igor. Business Strategy: selected readings. London: Penguin Education. 1999.

BARROS, Aidil Jesus Paes de; e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Mc Graw-Hil do Brasil, 2009.

BEAINI, Thais Curi. A escuta do silencio: um estudo sobre a linguagem no pensamento de Heidegger. -. São Paulo: Cortez, 1981.

BOURDIEU, Pierre. Ontologia política de Martin Heidegger. Campinas: Papirus, 1989.

CARAVANTES, Geraldo. Administração, teorias e processo. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. Acesso em 01/03/2014.

CLARKE & Newman. Gerencialismo. Disponível em Educação e Realidade. Educ. Real. vol.37 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2012. Acesso em 01/03/2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S2175-62362012000200003

CRUZ, Paulo Márcio. Critério ético e sustentabilidade na sociedade pós-moderna: impactos nas dimensões econômicas, transnacionais e jurídicas. Revista Novos Estudos Jurídicos. Vol. 17, n. 3. 2012, Disponível em: www.univali.br/periodicos. Acesso em 30/03/2014.

CUNHA, Ricarlos Almagro Vitoriano. Hermenêutica filosófica e direito. Revista fenomenológica e direito. Rio de Janeiro, v. 04, p.117-139, 2011.

_______________. Segurança jurídica e crise no direito: caminhos para a superação do paradigma formalista. Belo Horizonte: Arraes, 2012.

DAFT, Richard L. Administração. São Paulo: LTC Editora, 2009.

DELEUZE, Gilles. O anti-edipo: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

______________. Diferença e repetição. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Graal, 2006.

DRUCKER, Peter. The Practice of management. New York: Harper & Brown, 1999.

HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2003.

_______________. Carta sobre o humanismo. 2. ed. rev. São Paulo: Centauro, 2005.

_______________. Aclaraciones a la poesía de Hölderlin. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

_______________. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2006.

_______________. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

_______________. Hinos de Hölderlin. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget, 2004.

_______________. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas, 2009.

LYRA, Edgar. Heidegger e Educação. In: Aprender: cadernos de filosofia e psicologia da educação. Ano VI. n. 10. 2008. Disponível em: www.uesb.br/editora/publicacoes/aprender/edicoes/aprender10.pdf. Acesso em 30/03/2014.

MOONEY, James D. Principles of Organization. Nova York: Harper &Brothers, 2000.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

______________. LE MOIGNE, Jean Louis. Inteligência da complexidade: epistemologia e pragmática. Lisboa: Instituto Piaget, 2009.

______________. X da questão: o sujeito à flor da pele. Porto Alegre: Artmed, 2003.

NEWMAN, William. Administração avançada: conceitos, comportamentos e práticas no processo administrativo. São Paulo: Atlas, 1999.

PASOLD, Cesar Luiz. Aspectos estratégicos do desempenho do operador jurídico. Revista Novos Estudos Jurídicos. V. 6. N.12, 2001. Disponível em: acesso em 30/03/014.

SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de métodos e técnicas de pesquisa científica. São Paulo: Impetus, 2009.

SARAMAGO, Ligia. Sobre a serenidade em Martin Heidegger: uma reflexão sobre os caminhos do pensamento. Aprender: cadernos de filosofia e psicologia da educação. Ano VI. n. 10. 2008. Disponível em: www.uesb.br/editora/publicacoes/aprender/edicoes/aprender10.pdf. Acesso em 30/03/2014.

STEINER, George. As ideias de Heidegger. São Paulo: Cultrix, 1982.

SIMON, Herbert A. The New Science of Management Decision, in The Shape of Automation for Men and Management. New York: Harper &Row Pubishers, Inc. 2001.

STRECK, Lênio. A relação texto e norma e a alografia do direito. Revista Novos Estudos Jurídicos. V. 19. N. 1, 2014. Disponível em: http://siaiweb06.univali.br/seer/index. Acesso: 30/03/2014. DOI: https://doi.org/10.14210/nej.v19n1.p2-20

VATTIMO, Gianni. As aventuras da diferença: o que significa pensar

depois de Heidegger e Nietzsche. Lisboa: 1988.

ZARADER, Marlene. Heidegger e as palavras da origem. Lisboa: Instituto

Piaget, 1998.

I

Publicado

2025-07-06

Como Citar

Andrade Ferreira, D. N., & da Costa, C. S. E. (2025). O modelo de gestão empresarial da justiça brasileira e as metas do Conselho Nacional de Justiça: Um contraponto aos modelos calculador e meditativo de Martin Heidegger. Revista Internacional Consinter De Direito, 11(20), 449–466. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00020.20