Ato processual e teoria das nulidades
DOI:
https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00020.02Palabras clave:
Calmon de Passos, Atos processuais, Ação humana, Sistema de nulidades por vício de vontadeResumen
O objetivo deste artigo é examinar a tese da exclusão a priori dos atos processuais do sistema comum de nulidades, com base em conhecida obra de Calmon de Passos, onde tal tese é defendida. A hipótese é que a conclusão a que chega Calmon de Passos decorre de uma concepção equivocada sobre a estrutura analítica do conceito geral de ação humana. O método de pesquisa científica utilizado foi o lógico-dedutivo. Os procedimentos metodológicos foram o comparativo e o monográfico, corroborados por pesquisa bibliográfica (publicações), além de fontes formais de pesquisa (leis lato sensu e doutrinas). O exame permitiu constatar que a definição da doutrina jurídica tradicional, aceita por Calmon de Passos, que afirma que “ato processual é o ato jurídico que produz efeitos no processo”, não se sustenta. E também que a definição de “ato processual” que Calmon de Passos fornece incorre no erro lógico de circularidade, e ainda é insuficiente, apesar de conter excessos de palavras. Quanto à tese defendida por Calmon de Passos, que afirma que os atos processuais são formalmente excluídos do regime geral das nulidades por vícios de vontade, foi possível concluir que ela decorre de uma concepção equivocada sobre a estrutura analítica dos atos humanos em geral. Quanto ao alcance do regime das nulidades por vícios de vontade, a conclusão é que não há nada na teoria formal que exclua os atos processuais a priori.
Descargas
Citas
CARNELUTTI, Francesco, Lecciones sobre el processo penal, Tradução ao espanhol Santiago Sentís Melendo, Buenos Aires, Librería El Foro, 2002.
CARO, Mario de, Azione, Bologna: Il Mulino, 2008.
DAHLBERG, Ingetraut, Fundamentos teórico-conceituais da classificação, Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 6, n. 1, jan./jun. 1978.
DEZEM, Guilherme Madeira, Da prova penal: Tipo processual, provas típicas e atípicas, Campinas, Millennium, 2008.
FERNANDEZ, Rosali P, Classificação – Um Processo Fundamental da Natureza Humana, Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, Rio de Janeiro, 12-17 de setembro de 1972, Anais, Brasília, IBICT/ABDF, 1979.
FERRAZ JR, Tercio Sampaio, A ciência do direito, 3, ed. São Paulo, Atlas, 2014.
FERRAZ JR., Tercio Sampaio, Introdução ao estudo do direito: Técnica, decisão, dominação, 6. ed, São Paulo, Atlas, 2010.
GONÇALVES, Aroldo Plínio, Nulidades no processo, Rio de Janeiro, Aide, 2000.
HUSSERL, Edmund, Investigaciones lógicas, Tradução ao espanhol Manuel G Morente y José Gaos, Madrid, Alianza Editorial, 1985.
MARITAIN, Jacques. Lógica menor, Trad. Ilza das Neves, Rio de Janeiro, Livraria Agir Editora, 1972.
MISES, Ludwig Von, Ação humana: um tratado de economia, Tradução Ana Parreira, 2. ed, Campinas, Vide Editorial, 2020.
MUNIZ, Fernando, Prova proibida, Curitiba, Juruá Editora, 2019.
NINO, Carlos S., Introducción a la filosofía de la acción humana, Buenos Aires, Eudeba, 1987.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de, Curso de processo penal, 17. ed, São Paulo, Atlas, 2013.
PARSONS, Talcott, La estructura de la accion social, Tradução ao espanhol Juan Jose Caballero e Jose Castillo Castillo, Madrid, Guadarrama, 1968.
PASSOS, José Joaquim Calmon de, Esboço de uma teoria das nulidades aplicada às nulidades processuais, Rio de Janeiro, Forense, 2002.
PFÄNDER, A. Lógica, Tradução ao espanhol J. Pérez Bances, Madrid, Revista de Occidente, 1933.
ROXIN, Claus. Derecho procesal penal, Tradução ao espanhol Gabriela E. Córdoba y Daniel R. Pastor, Buenos Aires, Editores del Puerto, 2000.
SALAZAR, Luis Manuel Marcano, La investigación jurídica: herramientas para la realización del trabajo intelectual del abogado, Santiago, Ediciones Olejnik, 2019.
SCHELER, Max, Ética: nuevo ensayo de fundamentación de un personalismo ético, Tradução ao espanhol Hilario Rodriguez Sanz. Buenos Aires, Revista de Occidente, 1948.
TELLO, Antonio Eduardo Embid, La libertad de investigación científica: una interpretación integrada de sus dimensiones subjetiva y objetiva, Valencia, Tirant lo Blanch, 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Fernando Muniz, Denilson Victor Machado Teixeira

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Para fines de universalización y compartimento libre de los saberes la Revista del CONSINTER está indexada bajo la Licencia Creativa Comámonos 4.0.
Atribución – Uso No Comercial – Compartimiento por la misma licencia 4.0 Brasil.
Se permite:
- Copiar, distribuir, exhibir y ejecutar la obra.
- Crear obras derivadas.
Bajo las siguientes condiciones:
ATRIBUCIÓN
Debe dar crédito al autor original, de la forma especificada por el autor o el licenciante.
USO NO COMERCIAL
Esta obra no podrá ser utilizada con fines comerciales.
COMPARTIR POR LA MISMA LICENCIA
Si altera, transforma o crea otra obra con base en esta, solamente podrá distribuir la obra resultante bajo una licencia idéntica a la original.
Para cada nuevo uso o distribución, debe dejarle claro al otro, los términos de la licencia de esta obra.
Licencia Jurídica (licencia integral): https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR