O sionismo arendtiano e a apatridia dos judeus na Shoá
DOI:
https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00020.25Palavras-chave:
Direitos, Sionismo, MulticulturalResumo
O povo judeu sofreu as perseguições do Reich Nazista na Europa fruto de um sentimento antissemita que já vinha de muito antes do regime Nazista. O clima de xenofobia e discriminação a tudo que era considerado diferente ascendia exponencialmente a cada dia. Na Alemanha o sentimento conservador vai se desenvolvendo cada vez mais no contexto da República de Weimar, criada no período em que a Alemanha estava prestes a perder a Primeira Guerra Mundial e ficava no ar o saudosismo de uma nação outrora poderosa, dos tempos do Império Alemão, em comparação com a nova realidade democrática, mas economicamente deficiente. Muitos grupos perseguidos durante esse período tiveram seus direitos reduzidos a nada, em especial durante as Leis de Nuremberg. Esse corpo jurídico incorporava muitas das teorias raciais embasadas pelo racismo científico da ideologia nazista. O presente trata do genocídio do povo judeu (Shoá), que se tornou alvo do extremismo/fanatismo e da política terrorista estatal da época, tratando-se de um povo sem Estado e isolado, uma minoria que não tinha representatividade, muitos considerados apátridas até por uma questão de assimilação/política migratória dos Estados Nações dos quais faziam parte, muitas vezes sem “direito a ter direitos”. A partir disto, será analisado o movimento sionista na perspectiva do pensamento arendtiano, onde encontramos definidos os conceitos de pária e sociedade do descarte. A metodologia utilizada é baseada em pesquisas bibliográficas, além da utilização de dados teóricos, conceituais e históricos.
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